domingo, 7 de fevereiro de 2016

Simplicidade


Simplicidade


Tão simples este amor nasceu... Nós nem notamos
que era amor e afeição que aos poucos nos prendia...
O amor é aquela flor que engrinalda dois ramos
aos esponsais de luz do sol de cada dia!


Dois ramos, - eu e tu - e as horas desfolhamos
numa doce, irrequieta e impensada alegria,
e assim vamos vivendo e, a viver, elevamos
nossos sonhos aos céus azuis da fantasia!


Tão simples este amor nasceu... Tal como nasce
um beijo em tua boca, um riso em tua face,
uma estrela no céu... ou a flor de um botão.. .


Nem era necessário mesmo eu te falar,
se já o tens transformado em luz no teu olhar,
e eu já o sinto a cantar dentro do coração!


J.G. de Araújo Jorge 




Sabe o que eu acho lindo no amor?! As suas inúmeras faces... por isso é o sentimento mais desejado e o mais falado na Literatura, em verso ou prosa...


Neste poema, o amor é simples como uma flor que engrinalda dois ramos... nasceu de uma forma sutil, natural, como um beijo, como um riso, como um botão que desabrocha em flor...


Para Camões, o amor é fogo, é ferida, é dor, é um contentamento descontente, é um sentimento contrário a si mesmo...


E assim os poetas e os amantes seguem descrevendo o amor ao longo do tempo, e nunca conseguirão descrevê-lo, simplesmente porque ele é único, singular, ímpar... duas pessoas não amam do mesmo jeito, cada amor é um amor, é seu e de mais ninguém, como na música "Nem eu" do Dorival Caymmi:


"Quem inventou o amor
Não fui eu
Não fui eu, não fui eu
Não fui eu nem ninguém"



Beijos a todos


com carinho


Isabel



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários