Borboletas trazendo poemas, músicas, mensagens, contos, sempre com muito romantismo, com muita poesia...
terça-feira, 22 de novembro de 2016
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Doçura
Meu olhar dirige-se aos céus.
Sussurro às brumas e
Ouço que
Sem amor
Sem emoção
Sem doçura
Seríamos como gotas salgadas
de um frio oceano.
Arnalda Rabelo
Sussurro às brumas e
Ouço que
Sem amor
Sem emoção
Sem doçura
Seríamos como gotas salgadas
de um frio oceano.
Arnalda Rabelo
domingo, 20 de novembro de 2016
Canção do Amor Sereno
Vem sem receio: eu te recebo
Como um dom dos deuses do deserto
Que decretaram minha trégua, e permitiram
Que o mel de teus olhos me invadisse.
Quero que o meu amor te faça livre,
Que meus dedos não te prendam
Mas contornem teu raro perfil
Como lábios tocam um anel sagrado.
Quero que o meu amor te seja enfeite
E conforto, porto de partida para a fundação
Do teu reino, em que a sombra
Seja abrigo e ilha.
Quero que o meu amor te seja leve
Como se dançasse numa praia uma menina.
Como se dançasse numa praia uma menina.
Colhe o Dia
Colhe o Dia, porque És Ele
Uns, com os olhos postos no passado,
Veem o que não veem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, veem
O que não pode ver-se.
Veem o que não veem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, veem
O que não pode ver-se.
Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterônimo de Fernando Pessoa
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterônimo de Fernando Pessoa
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