Saudade
Navegante
Tem sido a existência um vasto oceano
De fases inconstantes, de instabilidade;
Hoje à deriva, flutuo na saudade,
Em abandono, a esmo, à nau do desengano...
Agora minhas horas vagueiam
lentamente
E, após o entardecer, aumenta a agonia
Que torna o dia - noite -, transforma noite em dia
Por sorte, existe a Lua, a leal confidente.
E, após o entardecer, aumenta a agonia
Que torna o dia - noite -, transforma noite em dia
Por sorte, existe a Lua, a leal confidente.
Magia prateada que instiga a
recordar,
Em ondas do passado me impele a navegar
No barco de quimeras deste arfante peito...
Em ondas do passado me impele a navegar
No barco de quimeras deste arfante peito...
E, em tantos devaneios, me ponho a
delirar
Que a névoa dos diáfanos raios de luar
Vem nos cobrir de sonho em nosso ardente leito...
Que a névoa dos diáfanos raios de luar
Vem nos cobrir de sonho em nosso ardente leito...
Oriza Martins
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