Ver uma pessoa amando é como ler um
romance de amor.
É como ver um filme de amor.
Também se ama por
contaminação na tela do instante.
A história é de outro,
mas passa
das páginas e telas para a gente.
Reconhece-se a 50m um desamado, o carente.
Mas reconhece-se a 100m
o bem amado.
Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e
pele.
Sinos batem nas dobras de seu ser.
Pássaros pousam em seus
ombros e frases.
Flores estão colorindo o chão em que pisou.
O que ama é um disseminador.
Tocar nele é colher virtudes.
O bem amado dá a impressão de inesgotável.
E é o contrário de
Átila: por onde passa renascem cidades.
O bem amado é uma usina de luz.
O bem amado é uma usina de luz.
Tão necessário à comunidade,
que
deveria ser declarado um bem de utilidade pública.
Affonso Romano de Sant'anna
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