A Rendeira
Na teia da manhã que se
desvela,
rendeira compõe seu labirinto,
movendo sem saber e por instinto
a rede dos instantes numa tela.
rendeira compõe seu labirinto,
movendo sem saber e por instinto
a rede dos instantes numa tela.
Ponto a ponto, paciente, tenta ela
traçar no branco linho mais distinto
a trama de um desenho tão sucinto
como a jornada humana se revela.
Em frente, o mar desfia a
eternidade
noutra tela de espuma e esquecimento
enquanto, entrelaçado, o pensamento
costura sobre o sonho a realidade.
noutra tela de espuma e esquecimento
enquanto, entrelaçado, o pensamento
costura sobre o sonho a realidade.
Em que perdida tela mais
extrema
foi tecida a rendeira e este poema?
foi tecida a rendeira e este poema?
Adriano
Espínola
Gosto de textos que falam de
bordados. Um desenho construído ponto a ponto, com arte e
paciência, assim como a vida, a qual vamos acrescentando cores e
formas todos os dias.
Achei belo este poema, onde tudo se
entrelaça... a rendeira, o mar, o pensamento que bordam e
que, ao mesmo tempo, fazem parte do bordado. Assim como nós...
Um dia maravilhoso para todos, com
lindas matizes, com lindas cores, deixando este pedacinho do
bordado mais alegre, mais colorido!
com carinho
Isabel
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