Quando Madonna surgiu como Cleópatra
fashion, ao lado dos seus gladiadores modernos, no show do
intervalo do Super Bowl, cantando “Vogue”, não pude
conter um arrepio. Ela estava linda, poderosa e fazendo pose, como
se já não tivesse nos arrebatado o suficiente nas últimas três
décadas. Aos 53 anos, Madonna é uma diva pop, segura de si e da sua
arte e pronta para nos surpreender mais uma vez.
Como tudo que envolve a cantora, o
show terminou em polêmica, por a rapper M.I.A – parceira de
Madonna no novo single “Give me all your luvin” –
ter mostrado o dedo do meio para o conservador e melindrado público
americano. Nada que conseguisse ofuscar o brilho e o talento da
rainha do showbiz.
Há quase trinta anos na estrada,
Madonna é um exemplo de longevidade artística e também um modelo
para todas as mulheres. Por quê? Primeiramente porque, desde o
início, foi fiel aos próprios instintos. Quando estreou, ao vivo,
no MTV Music Awards, em 1984, cantando “Like a virgin”,
ela ouviu do seu empresário à época, Freddy DeMann, que sua
carreira estava acabada. Tudo porque, ao descer os degraus de um
bolo de noiva durante a apresentação, a jovem cantora perdeu o
sapato e, para recuperá-lo, se jogou sensualmente no chão, como se
aquilo fizesse parte do show. Acabou revelando mais do que queria.
Nascia uma estrela.
Em outras palavras, mesmo
tropeçando, Madonna nunca perdeu o rebolado e sempre acreditou nas
próprias escolhas, ainda que desagradasse a todo mundo. Agora, na
maturidade, conseguiu transformar o que poderia ser uma crise de
meia idade numa volta triunfal. Ocupou o espaço mais cobiçado da TV
americana, o intervalo da final do campeonato de futebol, com um
espetáculo de cair o queixo, de quem é mestre na arte do showbiz e
só teve que superar a si mesma.
E, na primeira amostra do novo
disco, o single “Give me all your luvin”, Madonna exibe
uma energia e um tônus muscular de deixar com inveja as jovens
animadoras de torcida americanas. E mais: não hesita em dividir a
cena com as rappers M.I.A e Nicki Minaj porque sabe que quem dá as
cartas é ela.
O que Madonna tem a ensinar a todas
nós, mulheres? Que nascemos para brilhar e ser protagonistas da
nossa própria vida. Que somos o resultado das nossas escolhas e da
nossa perseverança. Que a maturidade não significa assumir um papel
de coadjuvante. Que nossa estrela não se apaga quando deixamos os
outros brilharem. Que podemos nos cercar de hábeis
“bailarinos” e dar o nosso próprio show. E, finalmente,
que é possível envelhecer graciosamente. No clipe de “Give me
all your luvin”, ela canta: “Let's forget about time/
And dance our lives away” (Vamos nos esquecer do tempo/E
dançar por toda a vida).
Ou seja, a coreografia da
nossa vida – até que as luzes se apaguem – quem faz
somos nós.
Por Beatriz
Alesso
Madonna não é exatamente um modelo
ortodoxo de comportamento. Sempre foi polêmica, sempre abusou em
suas coreografias... mas é inegável a sua força, a sua
determinação, a sua dedicação... não é à toa que continua brilhando
e que se tornou um ícone para todas as mulheres, principalmente as
mais maduras, ensinando-nos a nunca desistir dos nossos sonhos e,
mais que isso, nunca deixar de lutar por eles...
Beijos a todos, em especial às
mulheres valentes, guerreiras, determinadas, como a
Madonna!
com carinho
Isabel
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